Fomento e Bolsas em 1995
Bolsas-Ano no País e no Exterior – 1995 | |
Categoria | |
Iniciação a Pesquisa | 18.790 |
Formação e Qualificação | 18.411 |
Estímulo a Pesquisa | 9.275 |
Desenvolvimento Tecnológico e Empresarial | 3.433 |
Outras | - |
Total de Bolsas-Ano no País | 49.909 |
Total de Bolsas-Ano no Exterior | 2.132 |
Total | 52.041 |
Segundo o Relatório de atividades de 1995, conforme registrado inicialmente, foi superada a tendência declinante das dotações de fomento, que vinham decrescendo acentuadamente desde 1989. As dotações globais para o fomento cresceram cerca de 11% em ralação a 1994, e praticamente duplicaram em relação a 1992. Os dispêndios em fomento continuaram dirigidos, em sua quase totalidade, para a linha de bolsas, apesar de uma ligeira reversão desta tendência. As dotações destinadas ao fomento à pesquisa continuaram em um patamar insatisfatório. Este desequilíbrio é decorrente das limitações impostas pelos tetos orçamentários, bem como pela inexistência de mecanismos capazes de assegurar um crescimento estável das dotações para o fomento à pesquisa.
CNPq – Dotação Final 1980-95– Por Bolsas e AuxíliosRecursos do Tesouro | |||||
Ano | Bolsas | % | Auxílios | % | Total |
1980 | 43,5 | 64,59 | 23,8 | 35,41 | 67,3 |
1981 | 50,0 | 68,7 | 23,5 | 31,93 | 73,5 |
1982 | 75,8 | 65,59 | 39,8 | 34,41 | 115,11 |
1983 | 78,5 | 70,78 | 32,4 | 29,22 | 110,9 |
1984 | 75,1 | 73,95 | 26,5 | 26,05 | 101,6 |
1985 | 100,7 | 67,92 | 47,6 | 32,08 | 148,3 |
1986 | 105,1 | 64,96 | 56,7 | 35,04 | 161,7 |
1987 | 216,9 | 79,01 | 57,6 | 20,99 | 274,6 |
1988 | 302,2 | 83,64 | 59,1 | 16,36 | 361,3 |
1989 | 303,5 | 87,55 | 43,2 | 12,45 | 346,6 |
1990 | 242,7 | 81,6 | 56,7 | 18,94 | 299,4 |
1991 | 311,5 | 92,12 | 26,6 | 7,8 | 338,1 |
1992 | 259,6 | 96,21 | 10,2 | 3,79 | 269,8 |
1993 | 347,6 | 89,37 | 41,3 | 10,63 | 388,9 |
1994 | 459,7 | 95,86 | 19,9 | 4,14 | 479,6 |
1995 | 498,2 | 93,81 | 34,6 | 6,49 | 532,8 |
Fonte: Relatório das Atividades – 1995/ CNPq (SEDOC). Em milhões de 1994.
Durante o exercício de 1995, o número de bolsas concedidas no País e no Exterior apresentou um crescimento de 11% em relação ao ano de 1994, alcançando a cifra recorde de 48.923 bolsas.
CNPq – Número de Bolsas-Ano – 1980-95 País e Exterior | |||||
Ano | Bolsas | % | Auxílios | % | Total |
1980 | 6.652 | 92,30 | 555 | 7,70 | 7.207 |
1981 | 7.034 | 91,59 | 646 | 8,41 | 7.680 |
1982 | 8.446 | 90,26 | 911 | 9,74 | 9.357 |
1983 | 9.092 | 90,22 | 986 | 9,78 | 10.078 |
1984 | 9.695 | 91,43 | 909 | 8,57 | 10.604 |
1985 | 11.985 | 92,76 | 936 | 7,24 | 12.921 |
1986 | 12.689 | 93,11 | 939 | 6,89 | 13.628 |
1987 | 17.687 | 93,93 | 1.142 | 6,07 | 18.829 |
1988 | 22.217 | 93,24 | 1.611 | 6,76 | 23.828 |
1989 | 23.478 | 92,23 | 1.979 | 7,77 | 25.457 |
1990 | 26.542 | 92,49 | 2.154 | 7,51 | 28.696 |
1991 | 30.586 | 92,57 | 2.455 | 7,43 | 33.041 |
1992 | 34.991 | 92,49 | 2.843 | 7,51 | 37.834 |
1993 | 38.218 | 93,32 | 2.737 | 6,68 | 40.955 |
1994 | 42.002 | 94,56 | 2.418 | 5,44 | 44.420 |
1995 | 46.774 | 93,61 | 2.149 | 4,39 | 48.923 |
Fonte: Relatório das Atividades – 1995/ CNPq (SEDOC).
Em relação das bolsas de formação dos recursos humanos por modalidades, o maior crescimento, de 14,28%, é observado nas bolsas de Iniciação Científica. Este resultado é devido, principalmente, à grande aceitação do Programa de Bolsas Institucionais de Iniciação Científica – PIBIC junto às instituições e estudantes de graduação, com repercussão para sua formação e para as atividades de pesquisa. Merece também destaque, o crescimento relativo das bolsas de mestrado e doutorado. A primeira é a modalidade que detém o segundo maior número de bolsistas, tendo atingido o quantitativo de 10.013 bolsas-ano, enquanto as bolsas de doutorado também registram um crescimento de 12,98 % em relação ao ano de 1994. Houve, também, uma oferta crescente de bolsas de produtividade em pesquisa, que constituem instrumento tradicional e de relevante importância para o cumprimento da missão institucional do Conselho.
A linha de bolsas no exterior vem registrando uma queda progressiva desde 1992.
Este declínio está relacionado à suspensão da oferta de bolsas ao nível de mestrado e de aperfeiçoamento no exterior, e ao maior estímulo as bolsas de doutorado sanduíche, consideradas mais eficientes e de menor custo para o sistema.
Evolução do número de bolsas-ano no país e no exterior por categoria – 1992-1994 | |||
Linha/Categoria | Bolsas-ano | ||
1993 | 1994 | 1995 | |
Bolsas no País | |||
Iniciação à Pesquisa | 13.212 | 15.131 | 17.292 |
Aperfeiçoamento | 2.186 | 2.142 | 2.182 |
Mestrado | 8.611 | 9.417 | 10.013 |
Doutorado | 3.474 | 4.012 | 4.533 |
Pós-Doutorado | 43 | 59 | 82 |
Pesquisa | 8.580 | 9.004 | 9.872 |
Apoio Técnico | 568 | 714 | 1.100 |
Iniciação Tecnológica | 1.544 | 1.523 | 1.700 |
Subtotal | 38.218 | 42.002 | 46.774 |
Bolsas no Exterior | |||
Subtotal | 2.737 | 2.418 | 2.149 |
TOTAL | 40.955 | 44.420 | 48.923 |
Fonte: Relatório das Atividades – 1995/ CNPq (SEDOC)
Orçamento
No que se refere aos investimentos globais em C&T realizado em 1995, no quadro que se segue, revela uma dotação global, em valores reais, maior que 1994.
CNPq – Dotação Final 1980-95 – Por FunçõesRecursos do Tesouro | |||||
Ano | Fomento | Institutos | Admin. e Coord. | Outros | Total |
1980 | 67,3 | 27 | 41,8 | 4,4 | 140,5 |
1981 | 73,5 | 31,8 | 44,9 | 2,6 | 152,8 |
1982 | 115,6 | 36,1 | 36,7 | 2,4 | 190,8 |
1983 | 110,9 | 31 | 33,1 | 3,7 | 178,7 |
1984 | 101,6 | 28,3 | 33,9 | 6,2 | 169,9 |
1985 | 148,3 | 37,9 | 38,4 | 6 | 230,5 |
1986 | 161,8 | 39,4 | 31 | 8,4 | 240,6 |
1987 | 274,5 | 68 | 75,1 | 5,2 | 422,8 |
1988 | 361,3 | 62,6 | 60 | 5,6 | 489,5 |
1989 | 346,3 | 109,9 | 62,5 | 29,2 | 547,9 |
1990 | 299,4 | 69,3 | 49,7 | 20,2 | 438,6 |
1991 | 338,1 | 41,3 | 35,3 | 20 | 434,7 |
1992 | 269,8 | 41,1 | 23,3 | 14,2 | 348,4 |
1993 | 388,9 | 49,9 | 30,6 | 14,3 | 483,7 |
1994 | 479,6 | 48,4 | 28,8 | 27 | 583,8 |
1995 | 540,1 | 88,1 | 38,5 | 21 | 687,7 |
Fonte: Relatório das Atividades – 1995/ CNPq (SEDOC). Em US$ milhões de 1994.
- Segundo o Relatório de Atividade de 1995 cerca de 80% dos recursos foram destinados à sua principal função de fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico. Deve-se, no entanto, enfatizar duas observações importantes. A primeira refere-se a forte recuperação no orçamento dos Institutos, cuja participação evoluiu 7% em 94 para 13% em 95. A segunda é quanto a distribuição relativa entre as dotações para bolsas destinadas ao fomento à pesquisa (auxílios). Um crescente desequilíbrio entre essas duas linhas de investimento tem sido registrado durante os últimos anos, fazendo com que a preponderância no Programa de Bolsas descaracterize a principal tarefa do CNPq, de apoio a pesquisa propriamente dita.