A A A A- A+

Centro de Memória
Centro de Memória > CNPq Ano a Ano> Fomento e Bolsas

Fomento e Bolsas em 1994


Bolsas-Ano no País e no Exterior – 1994
Categoria
Iniciação a Pesquisa 15.131
Formação e Qualificação 15.630
Estímulo a Pesquisa 8.335
Desenvolvimento Tecnológico e Empresarial 2.906
Outras -
Total de Bolsas-Ano no País 42.002
Total de Bolsas-Ano no Exterior 2.418
Total 44.420

Fonte: CNPq/AEI
Nota: Os dados obtidos pela Assessoria de Estatísticas e Informação - AEI seguem a metodologia da Uniformização da Série de Concessão de Bolsas no CNPq. Cada bolsa- ano equivale a 12 (doze) mensalidades pagas no ano e pode corresponder a um ou mais bolsistas não incluindo bolsas de curta duração, consideradas no Fomento à Pesquisa.


- Conforme o Relatório de Atividades 1993-94 a partir de 1989, houve um decréscimo acentuado na dotação do fomento, sendo que pela primeira vez na história do CNPq, foram suspensos os pagamentos e solicitações de apoio à pesquisa. A parti de 1993 houve uma recuperação orçamentária, conforme mostra a tabela, no ano de 1993 as dotações tiveram um crescimento de 43% e cerca de 105% em 1994, quando foi atingida a cifra de US$ 460 milhões, mais que o dobro de dois anos atrás. Ressalva também que os dispêndios em fomento continuaram dirigidos, em sua totalidade, para a linha de bolsas, a qual apresentou um crescimento real de 100% no período considerado. As dotações destinadas aos auxílios continuaram em um patamar insatisfatório, mesmo considerando a melhoria de sua participação que saltou de 3,9% em 1992 para 10,6% em 1993, mas retrocedeu novamente para 6,6% em 1994. Este desequilíbrio foi decorrente das limitações impostas pelos tetos orçamentários, bem como pela inexistência de parâmetros garantidores de patamares mínimos como ocorre nos casos das bolsas, cujos valores estão atrelados à variação salarial do magistério superior federal.

CNPq – Dotação Final 1980-94 – Por Bolsas e AuxíliosRecursos do Tesouro
Ano Bolsas % Auxílios % Total
1980 47,0 64,6 25,8 35,4 72,7
1981 51,8 68,1 24,3 31,9 76,0
1982 80,5 65,6 42,2 34,4 122,7
1983 75,8 70,8 31,3 29,2 107,0
1984 68,3 73,9 24,1 26,1 92,3
1985 98,0 67,9 46,3 32,1 144,3
1986 105,2 65,0 56,7 35,0 161,9
1987 204,6 79,0 54,3 21,0 259,0
1988 264,5 83,6 51,7 16,4 316,2
1989 262,5 87,6 37,3 12,4 299,8
1990 198,2 81,1 46,3 18,9 244,6
1991 258,4 92,1 22,1 7,9 280,5
1992 215,5 96,2 8,5 3,8 223,9
1993 285,5 89,4 34,0 10,6 319,5
1994 429,7 93,4 30,4 6,6 460,1

Fonte: Relatório das Atividades – 1993-94/ CNPq (SEDOC)




- Durante 1994 o número total de bolsas concedidas no país e exterior apresentou um crescimento de 17,2%, alcançando a cifra recorde de 44.356 bolsas. Quanto a evolução de bolsas por modalidade, o maior desempenho obtido é observado nas bolsas de Iniciação Científica que apresentaram um crescimento de 32% em relação ao ano de 1992. Mereci, também, destaque o crescimento relativo a bolsas de mestrado e doutorado do país. A primeira modalidade é a que detém o segundo maior número de bolsistas, tendo atingido os quantitativos de 8.611 e 9.359 bolsas ano, respectivamente nos anos de 93 e 94. Igualmente as bolsas de doutorado registraram um expressivo crescimento em relação ao ano de 1992: 15,6% em 1993 e 32% em 1994.
- A linha de bolsas no exterior registrou uma queda de 18% em relação a 1992. Deve-se ponderar que este declínio foi decorrente da suspensão de oferta de bolsas ao nível de mestrado e aperfeiçoamento no exterior, cujas modalidades apresentaram uma drástica redução de 221% E compensação, registrou-se ampliação das bolsas de doutorado Sandwich, consideradas mais eficientes e de menor custo para o sistema.

Evolução do número de bolsas-ano no país e no exterior por categoria – 1992-1994
Linha/Categoria Bolsas-ano
1992 1993 1994
Bolsas no País
Iniciação à Pesquisa 11.440 13.212 15.117
Aperfeiçoamento 2.507 2.186 2.145
Mestrado 8.309 8.611 9.359
Doutorado 3.005 3.474 3.969
Pós-Doutorado 39 43 59
Pesquisa 7.790 8.580 9.054
Apoio Técnico 481 568 731
Iniciação Tecnológica 1.420 1.544 1.523
Subtotal 34.991 38.218 41.957
Bolsas no Exterior
Mestrado 148 69 17
Doutorado 1.977 1.912 1.716
Doutorado Sandwich 158 255 296
Pós-Doutorado 346 301 247
Estágio/Aperfeiçoamento 196 172 90
Estágio Senior 18 28 33
Subtotal 2.843 2.737 2.399
TOTAL 37.834 40.955 44.356

Fonte: Relatório das Atividades – 1993-94/ CNPq (SEDOC)






Orçamento

A gestão deste período deparou-se com grandes dificuldades decorrentes da profunda erosão orçamentária para a manutenção e financiamento da pesquisa em conseqüência de consecutivos anos de restrições financeiras, no âmbito da administração pública federal. Cumpre-se assinalar que, já em 1993, a dotação final de outros custeios atingiu uma cifra recorde, embora os dispêndios em pessoal tenham apresentado números declinantes. Esta tendência foi mantida no exercício de 1994, e conforme indicam os dados, o CNPq alcançou a maior dotação global, em valores reais, de toda história.

CNPq – Dotação Final 1980-94 – Por FunçõesRecursos do Tesouro
Ano Fomento Institutos Administração e Coordenação Outros Total
1980 72,7 22,9 45,1 4,7 151,7
1981 76 32,9 46,5 2,7 158,1
1982 122,7 38,3 39 2,5 202,5
1983 107 30 32 3,6 172,5
1984 92,3 25,7 30,8 5,6 154,4
1985 144,3 36,8 37,4 5,8 224,3
1986 161,9 39,5 31 8,4 240,8
1987 259 64,2 70,8 4,9 398,9
1988 316,2 54,8 52,5 4,9 428,5
1989 299,8 95,1 54,1 25,3 474,4
1990 244,6 56,6 40,6 16,5 358,3
1991 280,5 34,3 29,3 16,6 360,6
1992 223,9 34,1 19,3 11,8 289,1
1993 319,5 41 25,1 11,7 397,3
1994 460,1 40,5 23,7 21 545,2

Fonte: Relatório das Atividades – 1993-94/ CNPq (SEDOC)




Observa-se, também um crescente desequilíbrio entre as dotações de bolsas e aquelas destinadas ao fomento à pesquisa (auxílios). Apesar da relativa recomposição, nos anos de 93 e 94, ela se mostra ainda insuficiente para realização da principal tarefa do CNPq, ou seja, o apoio à pesquisa propriamente dita. A evolução do quadro do CNPq revela, também a relação declinante entre gastos em administração e os investimentos em pesquisa e na formação de recursos humanos. Em 93, esta relação foi apenas 6,0% e atingiu, em 94, o mais baixo patamar de sua história (4,0%). Este fato é decorrente de várias razões, como por exemplo, a racionalização dos serviços administrativos e, principalmente, a queda dos dispêndios em pessoal, por força de redução do quadro funcional e dos respectivos salários.











Voltar